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Edição 15 - Vídeos Escolares
06/03/2009
 
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Curso prepara professores para uso de mídias

Autor: Arquivo pessoal


Professores da rede pública de ensino de todo o país podem se capacitar para o uso pedagógico de tecnologias da informação e da comunicação – tevê, vídeo, informática, rádio e impressos – por meio do programa Mídias na Educação. O programa é uma realização da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) em parceria com secretarias de educação e universidades públicas. As aulas são online, por meio do ambiente virtual e-Proinfo.

Além de oferecer cursos de formação continuada voltados para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação, de forma integrada ao processo de ensino e aprendizagem, o curso prepara professores para utilizar as ferramentas encontradas no Portal do Professor. “Queremos que o professor se aproprie de tecnologias como rádio, TV, vídeos e computador e seja capaz de utilizá-las crítica e criativamente na sala de aula,” justifica a coordenadora geral de Formação e Capacitação em EAD da Seed, Simone Medeiros.

O curso é dividido em três ciclos de estudo. O ciclo básico, com 120 horas de duração, dá direito a certificado de extensão e tem como pré-requisito a formação de nível médio. Para o ciclo intermediário, com 60 horas, que oferece certificado de aperfeiçoamento e o avançado, com 180 horas, que concede certificado de especialização, é necessário que o professor tenha curso superior.

Criado em 2005, como experiência piloto, o Mídias na Educação atendeu 69.300 professores até 2008. Para 2009, a meta é atingir 60.488 professores: 27.260 no ciclo básico, 25.394 no ciclo intermediário e 7.734 no ciclo avançado.

A oferta de cursos é organizada em função da demanda do Plano de Ações Articuladas (PAR), que estabelece metas e indicadores de qualidade para o melhor desempenho da educação básica no país. Os dados da demanda apresentada pelo PAR são cruzados com a demanda apresentada pela coordenação estadual do programa, integrada por representantes da universidade, da secretaria estadual de educação e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estadual.

Eixos - O Mídias na Educação tem três grandes eixos. O primeiro é tecnologia como objeto de estudo e reflexão. “A idéia é que o professor desmistifique a linguagem da mídia e seja capaz de trabalhar com ela criticamente,” diz Simone Medeiros. O segundo eixo é tecnologia como estratégia pedagógica – o professor aprende a escolher quando e porque usar a mídia na sala de aula e a resolver questões como se é melhor utilizar o vídeo para incentivar os alunos ou para fixar conteúdos, por exemplo.

A questão da autoria e da produção é o terceiro eixo. “O professor também pode ser um produtor de conteúdos, junto com seus alunos. Pode produzir blogs ou vídeos voltados para a realidade de cada local e publicar tudo no Portal do Professor”, explica Simone. Ela salienta que, a partir da prática, o professor pode experimentar, pesquisar, investigar, refletir sobre essa prática, e produzir conhecimento.

Outra opção de curso será oferecido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), em parceria com a Seed/MEC, a partir deste ano, como ação do Proinfo Integrado. É o curso de Tecnologias na Educação, com 400 horas de duração e nível de especialização. As aulas são voltadas, preferencialmente, ao atendimento de formadores da rede da TV Escola, do Proinfo Integrado, do Mídias na Educação, do Formação pela e do Proinfantil, mas vão atender também professores e gestores escolares.

“Com isso queremos fortalecer a formação dos formadores e, indiretamente, qualificar o processo, melhorando a qualidade da educação na escola”, adianta Simone Medeiros. Cada estado brasileiro tem direito a 220 vagas, sendo 110 para educadores da rede estadual e 110 para os das redes municipais.

Aulas ampliam oportunidades

“Ter participado do ciclo básico do programa Mídias na Educação me abriu um leque de oportunidades, além de mil oportunidades de crescer”, diz a professora de artes Marli Marlene Loeblein, de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul. Atuando no magistério há 27 anos, tanto no ensino particular quanto na rede estadual de ensino, Marli leciona atualmente na Escola Salesiana Dom Bosco.

Entusiasmada, ela explica que seu aprendizado deu bons resultados, pois já pode aplicar o que aprendeu e suas aulas tornaram-se mais atrativas. Em 2008, ela desenvolveu um projeto que criou durante a realização do curso de Mídias na Educação, juntamente com os colegas Altair Nelson Dall Agnol, Débora Thume, e Sandra Barbieri. Participaram cerca de 100 estudantes de 4ª e 5ª séries do ensino fundamental e do ensino médio. Reunidos em grupos, criaram campanhas publicitárias de produtos por eles escolhidos, utilizando diferentes recursos. Os que produziram vídeos utilizaram máquinas digitais de fotografia.

No final, a professora selecionou os “melhores momentos” de todos os trabalhos e colocou em vídeo. “Fiquei admirada com a criatividade dos alunos! Eu mais aprendi do que ensinei a eles”, destaca Marli, que está animada com a expectativa de participar, neste ano, do segundo ciclo do Mídias na Educação. “As coisas vão melhorar ainda mais”, acredita.

O instrutor de Marli no curso de Mídias na Educação foi Rafael Mateus Teixeira Almeida, tutor de ensino a distância na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desde 2006. Ele acredita que a aprendizagem desenvolvida ao longo da realização do curso tem auxiliado significativamente na mudança da realidade local, principalmente no que diz respeito à evasão escolar.

“Quando bem utilizados, os recursos midiáticos podem agir como facilitadores no envolvimento da comunidade escolar com as atividades desenvolvidas pelas instituições de ensino que estão colocando em prática as mídias abordados no curso: vídeo e tv, rádio e informática”, salienta.

Segundo Rafael Almeida, a cada novo encontro com os participantes dos cursos ele é informado de que está ocorrendo um envolvimento cada vez maior de alunos e professores na busca por novos meios de interação. “Isso está tornando o dia-a-dia escolar cada vez mais atrativo”, destaca.

(Fátima Schenini)

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